domingo, 25 de outubro de 2009

Capítulo 3 - Salva Vidas

Antes de tomar coragem para entrar no prédio principal da escola, decidi conferir mais uma vez os horários do meu último semestre.
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Segunda Feira:
1° tempo - Ed. Física.
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Olhei para o papel em minhas mãos com extremo mal humor. Eu não suportava as aulas de Ed. Física. De todas as matérias, acho que ela era a única que ficava em primeiro lugar na lista de ''Coisas Que Mais Parecem Uma Tortura Diária''.
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Mas não me leve a mal - eu não sou nemhum nerd descoordenado. O principal motivo que me fazia odiar as aulas de Ed. Física - logo, tudo relacionado a ela - era bastante simples: por ser um Arcano, eu nunca pude realmente praticar coisa alguma.
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Imagine correr, saltar, nadar e fazer outras coisas melhor do que qualquer um em sua escola e não poder nem ao menos demonstrar um terço disto... Era frustrante! Eu poderia calar a boca de muita gente, principalmente de Oliver e sua gangue, mas tudo o que eu podia fazer para não dar bandeira era entrar lá e fingir ser um perdedor total.
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Perfeito, não acha?
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Por isso que, quando eu finalmente resolvi deixar o meu abrigo debaixo da árvore, meu ânimo estava no chão. Eu estava cansado de fingir ser algo que eu não era.
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Logo que eu cruzei o portão de entrada, decidi seguir com pressa para os vestiários. O corredor estava completamente tomado por estudantes, e sem perceber, eu era conduzido pelo fluxo de gente em direção a Ala Norte da Academia Constantine.
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A escola era formada por um conjunto de prédios antigos, com direito à tijolos expostos e uma Torre do Relógio na construção principal. As aulas de Ed. Física eram realizadas no lado mais distante do campus, em uma área fechada a qual eu chamava carinhosamente de ''Pavilhão da Tortura''.
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Assim que eu cheguei ao portão do Pavilhão, fui recebidos pela bela - e nem um pouco simpática - Treinadora Kara. Ela usava o agasalho oficial da escola por cima do que pareciam ser roupas de banho. Seu cabelo negro estava preso bem firme à um coque, e seus olhos rasgados estavam contorcidos na costumeira carranca severa.
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- Até que fim as primeira mocinha chegou para a aula - disse a Treinadora, me olhando como se fosse capaz de me fulminar vivo - Ande, vá se vestir... Hoje a aula vai ser na piscina!
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- Na.. na piscina? - gaguejei, sentindo o sangue se concentrar furiosamente nas minhas bochechas.
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- E você por acaso é surdo? - resmungou Kara.
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Sem pensar duas vezes, fiz o que a treinadora havia pedido. Esta era a exata reação de qualquer um depois de se encontrar com a professora de Ed. Física. Sinceramente, eu achava que ela teria se dado muito melhor seguindo carreira em algum lugar mais rígido, tipo o Exército... mas é claro que não tinha intenção alguma de compartilhar esta minha opinião com a Professora.
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Com relutância, troquei o paletó vermelho pelos trajes de banho da mesma cor, corando furiosamente só de imaginar alguém me vendo vestindo estas coisas - o que me lembrava que este era um dos motivos que não me faziam gostar da aula: o uniforme.
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Nem tanto o tradicional - feito para as atividades na área poliesportiva - e sim o traje de banho. Ele é vergonhoso, é sério. Toda vez que éramos obrigado a vestir estas ridículas sungas junto com a camisa regata cor-de-tomate, as garotas se acotovelavam aos montes na porta do vestiário para conferir nossas... habilidades. E quando digo conferir, estou falando em conferir mesmo - sem pudor algum, e com direito a comentários.
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Arrepiado só de imaginar passar por esta situação novamente, corri para a beira da piscina, tentando esperar com paciência a hora que a aula iria começar. Só então percebi que o meu desconforto era cada vez mais palpável. A cada olhar que a Treinadora Kara lançava em minha direção, era um gemido que eu produzia.
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Depois de mais cinco minutos, a turma se encontrava pronta e em formação diante da Treinadora. Ela caminhava imperiosamente a nossa frente, como um General em revista às tropas. Seu andar era firme e duro, e eu podia jurar que a cada passo que ela dava no piso de mármore, as águas na beira da piscina tremeluziam.
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- Ora, ora, ora... se não é a minha adorável turma de formandos - a Treinadora Kara parou diante de nós, com uma inegável expressão de satisfação sádica. Seus olhos faíscavam de uma maneira sombria, e ela parecia pronta para nos inflingir uma longa seção de dores e terror.
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Porém, antes dela poder continuar com seu terrorismo psicológico, as portas do ginásio aquático foram abertas tão inesperadamente que surpreendeu não só a professora como também toda a classe.
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- Diretor Nigro!!! - exclamou a Treinadora, enquanto admirava estarrecida a figura leonina que invadia o pavilhão - Que visita inesperada... Como posso ajudá-lo?
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Com um leve sorriso, o administrador se aproximou de onde estávamos e abrangeu a todos com um balançar de cabeça que pretendia ser paternal.
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- Ora, minha doce Kara, não se preocupe com nada... - pigarreou o diretor com uma piscadela marota - Não estou aqui para inspecionar suas aulas. Para falar a verdade, só estava apresentendo o maravilhoso campus da Constantine para a nossa mais nova aquisição escolar!
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Ainda sorridente, o homem se virou e fez um pequeno sinal para a sombra escura que o esperava na porta do ginásio. De início, eu não podia dizer quem era. Tudo o que eu via era uma forma alta e magra recortada contra o sol da manhã, que parecia não estar muito animada em se aproximar do nosso grupo. Mas, depois que o diretor se mexeu novamente e encorajou a pessoa a chegar mais perto, eu pude reconhecer o novato sem nem olhar para o seu rosto.
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Líon, que já usava os trajes de banho vermelho-tomate, caminhou incomodamente até parar entre a treinadora e o administrador da escola. O constrangimento parecia estar estampado na face do garoto, e como se pudesse ser possível, sua pele castanha parecia estar mais pálida do que o normal.
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- Treinadora... formandos... gostaria que vocês conhecessem e cumprimentassem nosso jovem companheiro, Líon Biel!
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Sem disfarçar o movimento, o Dir. Nigro empurrou o garoto para o centro do círculo formado, numa tentativa mais do que furada de fazer o novato se enturmar com os novos colegas de classe. Sem saber o que fazer diante da situação, Líon reuniu toda a coragem que tinha, se empertigou e tentou lançar um ''positivo'' para a turma a sua volta - mas tudo o que conseguiu foi um olhar carrancudo de Oliver e uma ''conferida'' de cima à baixo das garotas mais próximas.
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Percebendo tardiamente que não tinha como a cena melhorar, e que o estrago estava mais do que feito, o administrador abrangeu novamente a turma com o olhar e começou a recuar lentamente do grupo.
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- Bom, Kara, pelo visto o meu trabalho por aqui já está feito! - comunicou o diretor, o rosto púrpura como uma beterraba - Acho que nos veremos na Sala Reservada  durante o intervalo, não? - sem nem esperar por uma resposta para a pergunta, o homem acenou uma última vez para a professora e virou-se sem cerimônia alguma para tomar o caminho de volta para a saída do ginásio, o andar tão apressado que mais parecia que ele queria fugir do local o mais rápido que podia.
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No instante em que a porta de metal se fechou novamente, a Treinadora Kara voltou a sua atenção para a classe com força total, o seu ''olhar assasino'' mais poderoso do que nunca.
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O novato, que ainda não havia sentido a áurea letal que emanava da professora, tremeu ligeiramente da cabeça aos pés - acompanhado por todos os alunos, que pareciam ter prendido a respiração ao mesmo tempo, como se pudessem pressentir o que a mente engenhosa da professora poderia estar maquinando.
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-Como vocês devem saber - prosseguiu a Treinadora - na minha matéria, o primeiro bloco do último semestre dos formandos da Academia Constantine é dedicado para as atividades aquáticas.
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''Atividades Aquáticas''. Não sabia bem o por quê, mas eu não havia gostado nem um pouco do tom que a professora usou para falar esta frase. Era quase como um agouro... como se algo realmente ruim nos esperasse na piscina. Besteira, pensei, enquanto sacudia a cabeça e continuava a ouvir o que ela dizia.
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- E já que posso ver que vocês estão devidamente preparados - ela inclinou-se brevemente para Líon, um sorriso maligno iluminando seu rosto oriental - acho que posso revelar que nossa primeira modalidade será: O Salto em Altura!
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Como esperado, a turma inteira se encolheu diante da ''novidade'' da professora. Salto em Altura? No que ela estava pensando? Posso afirmar com segurança que nenhum de nós - incluindo eu - nunca havíamos pulado de lugar algum. Quanto mais de uma plataforma de concreto gigante à beira de uma piscina não tão funda.
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- Hei, por que estas carinhas tão preocupadas? - perguntou a Treinadora, com uma risada cristalina - Eu vou chamar um nome de cada vez, e aí, vocês só terão que subir na plataforma e saltarem para água!
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Uau, ela falando desse jeito fazia parecer tão simples... uma pena que não era.
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- Hum, Treinadora? - Oliver se destacou do grupo, seus ombros rígidos denunciando o temor que ele tentava ocultar - Nós vamos ganhar algum... sei lá... bônus por tarefa concluída?
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-Bônus? - resmungou Kara, o rosto fechado - Superar os próprios medos já vai ser um bônus e tanto. Andem, formem uma fila descente!
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Sem perder tempo, formamos uma fila única e por tamanho diante da plataforma. A treinadora Kara se postou próxima a escada que levava ao topo da área de salto, seus olhos varrendo a longa lista com os nossos nome, o papel preso à uma prancheta vermelha com o símbolo da Academia Constantine.
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Depois de um tempo concentrada, ela ergueu os olhos da listagem e anunciou o primeiro nome que iria se destacar do grupo e realizaria a tarefa:
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- Amanda Vixen!
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Amanda, uma garota baixa e magricela, saiu logo da frente da fila e subiu na plataforma. Todos, até mesmo Oliver, pareciam apreensivos diante do que estava por vir. Sem se abalar, ela se posicionou à beirada do declive, ergueu os braços esguios e pulou.
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Durante o pequeno tempo em que o corpo frágil da veterana esteve no ar, a turma inteira prendeu a respiração. Só após que a cabeleira ruiva se destacou das bolhas produzidas na água foi que o grupo se permitiu relaxar, e os amigos mais chegados da garota esgueiraram para a beira da piscina e à ajudaram a sair de lá.
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- Ora, até parece que foi a coisa mais difícil do mundo! - retrucou Oliver para os seus seguidores, a voz abafada pelo barulho dos aplausos da turma.
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- Muito bom, jovem Nigro... - a treinadora Kara riscou o nome de Amanda da lista e virou-se para encarar o filho do diretor - Isto mostra que o senhor deve estar querendo ser o segundo candidato à enfrentar nossa pequena prova, não?
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Oliver congelou no lugar. Estava claro que o seu comentário não significava nada além de pura inveja. Mas como a professora poderia ser tudo, menos injusta, era óbvio que ele agora se via obrigado a se apresentar realmente como segundo candidato para saltar.
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Reunindo toda a dignidade que podia, Oliver se encaminhou para a plataforma, seu olhar distante só ressaltando seu arrependimento por ter falado na hora errada. Com um ligeiro aceno de cabeça, ele se curvou e saltou para o fundo da piscina.
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Confesso que por um milésimo, eu fiquei um tanto preocupado com a segurança física dele. Mas logo depois que o vi se erguer na beirada mais distante do tanque, com seu habitual sorriso presunçoso no rosto, qualquer traço de solidariedade que eu podia ter sentido por ele se esvaiu pelo ralo mais próximo – literalmente.
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- Eu disse que não era nada! - Oliver se vangloriou, retirando o cabelo ensopado da frente de seus olhos, ao mesmo tempo em que exibia-se para as garotas da classe.
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Mais três alunos - mais três saltos. Com o passar do tempo, pude perceber que a tarefa não era tão assustadora quanto eu imaginava.
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Era difícil, sim, mas não impossível.
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Cada vez mais nomes eram chamados e, aos poucos, a fila diminuía. Sentia que o momento em que eu seria chamado estava se aproximando e, por mais envergonhado que estivesse, estava pensando seriamente se não apelaria para uns de meus dons. Sim, eu sabia muito bem que era errado - uma trapaça - mas na verdade, estava começando a ficar cansado de fingir ser um ''garoto tapado''.
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A treinadora Kara terminou de cumprimentar Daniel Maltha por seu salto espetacular e voltou a sua atenção para a prancheta. Fiquei parado, a determinação em pessoa, esperando escutar o meu nome se anunciado em voz alta. Mas não foi isso que aconteceu. A professora levantou a cabeça, inspirou rapidamente e chamou: Líon Biel.
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Foi inesperado. Líon piscou umas duas vezes até perceber que era ele quem iria saltar. Sem acreditar, o novato olhou para todos ao seu redor, uma súplica silenciosa por ajuda desfigurando-lhe o rosto. Tentei fazer uma careta encorajadora, mas só o que consegui foi parecer estar em choque. Desarmado, o rapaz caminhou lentamente para a plataforma, os ombros caídos e o ânimo no chão. A cada degrau que ele subia, a pouca cor que ele tinha se desvanecia aos poucos.
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Assim que o rapaz chegou ao topo da plataforma, sentí um calafrio estranho. Não era igual a nenhuma sensação que eu havia sentido antes: era pior. Como um cântico agourento, o medo chegou e me pegou, engolfando-me em uma neblina cinza e gélida. O terror acelerou as batidas de meu coração, e as sombras no ginásio se atenuaram, transformando-se em formas estranhas e tenebrosas na parede.
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''Droga, o que está acontecendo?'', me perguntei, sentindo o pânico correr pelas minhas veias. Sacudi vigorosamente a minha cabeça, numa fraca tentativa de recuperar a pouca sanidade que tinha. Minha visão estava turva, a audição abafada, e o estranho palpitar no meu peito parecia me puxar até o topo da plataforma, onde Líon se preparava para pular.
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Sem me dar conta do que estava fazendo, olhei na direção do novato, procurando pelo sinal que o meu corpo emitia... Foi neste momento que eu o vi.
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Para meu espanto, Líon não estava sozinho na plataforma. Logo atrás dele - parado com um olhar maligno - havia um rapaz alto e forte, de cabelos tão vermelhos quanto o fogo. Ele não usava nada além de uma calça comprida de brim preta, e eu não sabia o por que, mas ele me parecia terrivelmente familiar.
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De início eu não conseguia encontrar uma razão para aquele cara estar parado junto com o novato em cima da plataforma. Mas, antes que eu pudesse fazer alguma coisa, a minha ficha finalmente caiu.
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No exato momento em que Líon tencionava os joelhos, na beira da grande murada, o estranho se aproximou e - com uma satisfação sombria - empurrou o garoto da beirada da plataforma... fazendo o corpo do novato se precipitar e cair erroneamente em direção à piscina.
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Sem pensar em nada, me libertei da força que me pregava ao chão, e corri o mais rápido que pude. Para meu desespero, ví o rapaz girar pelo ar como uma gigantesca boneca de pano, suas mãos e seus braços balançado estranhamente em volta do corpo.
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Me joguei na piscina ao mesmo tempo em que escutava o som aterrador do choque de Líon com a massa de água gelada. Com um forte arrepio na espinha, prendi a respiração e senti o impacto do meu próprio mergulho sobre a pele.
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Quando abri os olhos, tudo em minha volta era de um azul celeste, surreal. Mergulhei mais à fundo na piscina, as bolhas produzidas pelos meus movimentos atrapalhando a minha busca. Foi então que o vi - esparramado no chão do tanque, o rosto sereno como se dormisse dentro da água.
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Foi assustador o ver ali imóvel, seus cabelos revoltos contra a água, sua cabeça balançando preguiçosamente sobre o pescoço. Era como uma ação sobrenatural - uma aparição produzida especialmente para me aterrorizar.
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Com mais duas braçadas, cheguei perto o suficiente para poder ergue-lo com minhas mãos. Ao tocar o seu pulso, percebi que os batimentos de Líon ficavam mais lentos e sua pele mais fria. Não perdendo tempo, o puxei com toda a determinação, lutando internamente contra a sensação de derrota que me consumia.
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Depois de abraçá-lo pela cintura, nadei com todas as minhas forças para a superfície. Antes de chegar ao topo, eu já podia ver os rostos da Treinadora Kara e dos outros alunos debruçados na margem da piscina, a preocupação e o medo visíveis - mesmo com o rodopiar da espuma à minha frente.
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Antes do esperado, a luz artificial do Pavilhão cegou os meus olhos e uma algazarra de sons incompreensíveis tapou os meus ouvidos. Incontáveis pares de mãos içaram o meu corpo e o de Líon para fora do tanque, me fazendo expelir ruidosamente todo o ar que havia prendido durante o tempo em que ficara de baixo d'água - e me despertando por completo to torpor momentâneo no qual estava envolvido.
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Sem paciência, escapei rapidamente do grupo que se inclinava sobre mim e me arrastei para o lugar onde Líon recebia os devidos cuidados.
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- Ele está bem? - perguntei à professora, minha garganta seca como se estivesse sendo consumida por chamas.
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- Eu não sei explicar - sussurrou a Treinadora Kara, examinando o pulso do novato com uma expressão de angústia.
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Com o coração na mão, me levantei e procupei pelo estranho que havia empurrado Líon da plataforma contra a piscina. Girei o meu corpo em todas as direções, tentando encontrá-lo aonde quer que estivesse, mas tudo o que via era a carranca preocupada dos meus companheiros de classe.
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Completamente vencido, praguejei uma maldição para mim mesmo e me sentei novamente ao lado do garoto. Seu rosto continuava com uma cor pálida estranha, e seus olhos fechados eram como cadeados de um diário secreto. Eu não podia imaginar quem poeria querer o mal dele, mas qual fosse a identidade do estranho, eu iria encontrá-lo.
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Para mim, aquilo não havia terminado. De uma forma ou de outra, eu iria encontrar o responsável por toda aquela confusão... E eu nem podia imaginar quão certo estava sobre isso.

3 comentários:

  1. C-A-R-A-M-B-A !
    isso é o que eu chamo de mudanças drásticas, SAIUDHASDIUASOHD mas cara, que isso, eu nao pensei qe seria possivel ficar melhor do que antes 0.0 voce se superou Henri, paarabens *-*
    e eu ja ate imagino quem seja o cara malvado que empurrou o Líon :X

    beeijos :*

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  2. Nossa, ficou muita boa essa mudança.

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  3. HEEEY, muito bom!!

    Adorei, sério!! Não tinha lido o de antes, mas eh mto dificil q tivesse melhor do q esse!! Parabéns!

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