quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Prólogo

''Ser diferente é normal...'' - Mas quanta bobagem! Ser diferente não é ser normal. Acredite, sei bem do que estou falando.
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Desde pequeno, todos me consideram bastante peculiar. O que na verdade é só um jeito bonitinho e eufemista de dizer que sou ''estranho''. Por qualquer lugar que eu procurasse estar, não havia jeito, sempre encontraria cabeças que se viravam e cochichos que me seguiriam aonde fosse. Na escola, a maioria dos estudantes mantinham uma espécie de distância segura de mim; já os professores me olhavam de uma forma mais ''humanitária'', me tratando como se eu fosse um portador de alguma coisa digna de pena.
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O que não deixa de ser verdade.
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Mas a grande questão é que ninguém nunca soube realmente o que acontece comigo. É de domínio público que eu não sou como os outros da minha idade, mas é fato também que não fazem a mínima idéia do que eu possa ter... ou melhor dizendo, do que eu possa ser. Pois se todas as pessoas que conheci durante esses meus 17 anos tivessem uma pequena idéia das coisas que eu sei, das coisas que eu secretamente posso fazer, garanto que a minha vida chata e sem grandes preocupações se transformaria em uma gigantesca dor de cabeça num estalar de dedos.
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Na verdade, acho que esta é uma descrição perfeita para o que tenho: Uma Grande Dor de Cabeça! Algo que simplesmente acontece com a gente, sem que tenhamos sequer o direito de escolha. Por que, se eu tivesse o direito de poder escolher ser ou não ser o que sou, provavelmente eu escolheria a segunda opção. Afinal, entre ser um adolescente comum e um adolescente ''peculiar'', quem seria o idiota que ficaria com o que eu tenho?
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Bom, me desculpem, acho que até agora não me apresentei.
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Olá, eu me chamo Adrian, e sou um Arcano.
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Assim como outros poucos iguais a mim, sou mais ágil, mais forte e tenho uma resistência maior do que a de uma pessoa comum... mas, acima de tudo, a particularidade que nos define é justamente por podermos ver coisas que a maioria das pessoas acreditam que não existem.
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Coisas que por serem tão malígnas, tão assustadoras, tão irreais, somente alguém com as minhas habilidades pode lidar e de fato saber.
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Mas, voltando ao que interessa, a história que vou lhes contar a seguir se passa justamente no momento em que a minha vida (pobre e sem grandes atrativos) definitivamente começou - e que, de um jeito irônico e cruel, tentaram arrancá-la de mim para todo o sempre.

2 comentários:

  1. A propósito, acho q não disse ainda, mas esse prólogo ficou MARA!

    Verdade, eu achei beeeem melhor do q o de antes, parabéns!

    No futuro, qdo todo mundo da comunidade for de fato bestsellers mundiais, vamos fundar uma sociedade de autores. Aih a gte se junta na bienal do Rio e tomamos um café,q.

    :DDD

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  2. Eu comecei a ler sua história hoje e me surpreendi pelo modo como você chamava os nephilin [mestiços de anjos e humanos]. Arcanos... Ficou até interessante, mas me surpreendeu pq eu tbm estou escrevendo uma história em que os personagens principais são chamados arcanos, mas não tem nada a ver com os seus xD Os meus são uma raça nova, mas eu vou mudar o nome... Desde o começo eu achei que ficava estranho esse nome, então agora eu tenho mais um motivo pra mudar... To gostando da sua história. É bem bolada, tirando alguns detalhes que eu particularmente não gostei. Parabéns. ^^

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