sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Capítulo 7 - Visitante

Foi uma noite longa, com pouco descanso para mim.
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Assim que os primeiros raios de sol cruzaram as densas nuvens que cobriam os céus de Ventura, pulei da cama sem cerimônia alguma e corri para o quarto de Cirus.
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Para minha total surpresa, meu pai já não estava mais em casa. Tudo que havia no cômodo dele era um pequeno pedaço de papel recostado sob a cama arrumada e os simples dizeres escrito às pressas:
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Tive que sair... Chamado de Emergência. Me desculpe.
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Olhando desolado para o recorte dobrado em minhas mãos, voltei para o meu quarto e me obriguei a vestir o uniforme antiquado da Constantine.
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Por mais receoso que estivesse até o momento com o dia que iria enfrentar, eu sabia que tinha dado a minha palavra à meu pai - uma palavra de Arcano -, e não havia chances de burlar o acordo. Além do que, por mais perigoso que pudesse ser estar com Líon neste exato momento, uma boa parte de mim realmente queria ver o garoto de novo... (sem contar a outra parte que estava de fato fascinada e intrigada pela irmã dele).
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E foi neste estado de espiríto pra lá de divido que eu resolvi acabar com aquela lenga-lenga e me dirigir para a escola de uma vez... E foi neste exato momento que eu escutei o estranho barulho de algo caindo com estrépido no andar de baixo.
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Assim que o som alto e metálico chegou aos meus ouvidos, todo o meu corpo se enregelou. Eu não sabia explicar o por que, mas eu podia sentir o medo começar a invadir a minha corrente sanguínea. ''Se meu pai saiu, quem poderia ser?'', eu pensava, não querendo imaginar o que de fato poderia estar me esperando no 1° piso.
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Quase que involuntariamente, meu cérebro me levou para o dia anterior - para ser mais preciso, a enfadonha aula de Ed. Física, no Pavilhão de Torturas - e sem me dar conta, o rosto glorioso e infernal do jovem demônio de cabelos cor-de-fogo se materializou na minha frente, um sorriso maligno lhe estampando os lábios.
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Então era isto? Era ''ele'' que estava lá embaixo, me esperando?... Não podia ser; eu não queria acreditar.
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Tomado por um impulso de coragem extra e anormal, saltei pela passagem do poste de emergência e aterrizei de gatas no chão de linóleo da sala. Sem deixar brexas para que o meu medo surgisse novamente, me coloquei de pé sem um único ruído e me pus a escutar com atenção.
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O barulho parecia estar vindo da garagem - e lá era o pior local onde o demônio-em-treinamento poderia estar. Era na garagem que Cirus guardava e produzia todos os objetos que usávamos nas nossas ''seções de exorcismo''... E se - de alguma forma - o intruso descobrisse para quê de fato servia todas as coisas presentes nos armários embutidos do cômodo, eu tinha certeza que o ''bicho ia pegar'' para o meu lado.
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Ainda agindo unicamente pelo ''instinto Arcano'', cruzei a distância de onde estava até a porta da garagem em apenas duas batidas do meu coração. Com o máximo de cuidado, me agachei e encostei o ouvido na fechadura, cerrando os olhos para poder me concentrar em todos os ruídos produzidos do outro lado da passagem de madeira branca.
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Como se adivinhasse o que eu estava fazendo, subitamente o intruso ficou mortalmente silencioso. Tentei olhar pelo buraco da fechadura, mas não havia nada para ver... A via estava escura, com certeza obstruída pela chave presa no verso oposto da porta.
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Fiquei nesta posição - encolhido e imóvel como uma estátua - por uns bons cinco minutos. Quando eu começava a achar que toda aquela situação crítica não passava de paranóia produzida pela minha imaginação, a maçaneta prateada logo acima da minha cabeça começou a girar, e as velhas dobradiças enferrujadas começaram a ranger e gritar melancolicamente.
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Sem ter para onde fugir, saltei o mais rápido que podia e me segurei igual a uma aranha nas paredes estreitas do corredor, obrigando aos meus músculos à se fixarem o mais firme que podiam. Um segundo depois de me esconder, o chão de linóleo foi tomado pelo vasto rastro de luz amarela que vinha da garagem, revelando - para o meu total desespero - uma sombra longa e disforme.
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- Mas que merda! - resmunguei baixo, quando uma única gota de suor ameaçou escorregar da ponta do meu nariz e cair incovenientemente no chão. No mesmo instante, o intruso apareceu abaixo de mim, vestindo um estranho par de botas de cano-alto, uma calça de brim negra surrada e um velho moletom com capuz. Com um último e longo suspiro, me precipitei com violência na direção do desconhecido, deixando que a gravidade somada ao meu peso agisse por conta própria.
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Percebendo o meu ato de insanidade, o intruso se esquivou de meu ataque de forma ágil e fugiu pela porta da garagem. Assim que meu corpo se chocou contra o concreto firme e gelado, todo o ar que eu havia segurado foi expelido para fora dos pulmões, o impacto da batida ecoando em todo o meu interior. De imediato, meus olhos se encheram de lágrimas e um terrível tremor percorreu por toda a minha coluna - com certeza uma consequência nada boa do meu erro.
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Eu sabia que com aquela burrada eu assinava o meu próprio epitáfio. Machucado e desarmado, não conseguia enxeragar um palmo sequer diante de mim, e para completar, o corredor parecia girar ao meu redor. ''Mas que situação, hein?'' pensei infeliz, tomando a real consciência dos riscos que enfrentava e decidindo fazer a única coisa que me restava: lutar até o fim - por mais idiota que parecesse - como um verdadeiro Arcano.
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Ainda vendo estrelas, tentei me levantar e atacar novamente, o mais rápido que podia. Porém, antes que eu pudesse alcançar a garagem, a porta de madeira se fechou ruidosamente em meu rosto, estalando com um ruído canhestro a minha cartilagem nasal e me atirando com um baque surdo no piso encerado.
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A briga havia acabado. Sem chance alguma de defesa, limpei o filete de sangue que escorria até os meus lábios e esperei a chegada de minha hora mais sombria. Com um ruído baixo e seco, ouvi meu carrasco se aproximar de mim lentamente, e para meu total espanto, produzir um ruído estrangulado de engasgo - como se eu estar jogado e ferido fosse algo forte demais para ele.
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- Adrian Regis! - exclamou o intruso, com uma voz aguda e feminina estranhamente familiar – Mas que idiotice foi essa?!
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Atordoado, fiz força para focalizar o estranho logo acima de mim, ao mesmo tempo em que ele - quero dizer, ela - tirava o capuz do casaco de sua cabeça, deixavando revelar uma longa cascata de cabelos prateados escorridos que chegavam até o meio de suas costas. Com a claridade que irradiava da garagem, vi que seus olhos eram de um azul profundo aterrador e sua pele clara parecia irradiar a luz ambiente.
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Em toda a minha vida eu só conhecera uma única pessoa que corresponderia à estas singulares características físicas, e pensar que ela poderia estar ali na minha casa - aquela hora da manhã - foi um choque e uma alegria tão grande para mim que, mesmo tomado pela dor, me levantei num salto e a agarrei no abraço mais apertado que eu podia dar.
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- Ti... tia Angelina! - gaguejei, não conseguindo controlar a enchorrada de perguntas que tomavam o meu cérebro de assalto - O que a trouxe aqui? Como você entrou em casa? Quando chegou a Ventura? Quanto tempo vai ficar?
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- Calminha aí, meu querido... - esbravejou Tia Angelina com a sua vozinha de sino - Do que é que foi que você me chamou mesmo?
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Só depois da pequena bronca que percebi a grande gafe que eu havia acabado de cometer; eu acabara de chamar minha tia Angelina de ''tia''... e, para ela, não poderia haver insulto maior nem mais imperdoável.
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Tentando reparar o meu erro, sorri da forma mais inocente que podia, o pedido de desculpas implícito em meu rosto. Afinal, desde que me conheço por gente, eu entendo essa implicância que Angel (o apelido adotado por ela assim que começara a falar) tinha ao título que recebera. Pois, se eu estivesse no lugar dela, e me deparasse com um sobrinho apenas 3 anos mais novo e com 15 centímetros a mais de altura, acho que me comportaria de uma maneira muito menos delicada.
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- Ah, que se dane - resmungou Angel, retribuindo o sorriso, ao mesmo tempo que revirava os olhos de forma deliberada - Desculpas aceitas!... Mas então, onde está o meu querido, rabugento e possessivo irmão mais velho?
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Antes que pudesse responder algo a respeito, eu caí na gargalhada. Isso era tão estranho... Só de pensar em Cirus como alguém ''rabugento'' e ''possessivo'' eu me dobrava de rir. Era engraçado, até irônico, ver a diferença de tratamentos dele para com nós dois. Enquanto, na maioria das vezes, Cirus se comportava como o meu irmão mais velho idiota e irresponsável, quando o assunto era Angel, ele era totalmente o oposto: um controlador ao extremo, exatamente como um pai.
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- Cirus? - perguntei, ainda tentando controlar o riso - Ele saiu muito cedo, pelo visto. Só me deixou um bilhete, que não dizia coisa nenhuma... - só então, quando parei de rir, percebi algo mal explicado na pergunta dela - Hum, Angel... Se você não viu o meu pai, como foi que você entrou aqui em casa?
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Por um momento, Angel congelou no lugar e me lançou um olhar do tipo que vemos em pessoas pegas no flagra. Mas, antes que perdecesse por inteiro a compostura, ela girou nos calcanhares tal qual uma fada e voltou-se para a garagem. Ainda esperando a sua resposta, me apioei na parede do corredor e a segui aos trancos e barrancos.
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- Acho que você não respondeu - disse de forma incisiva, assim que entrei no cômodo - Por falar nisto, ainda não respondeu nenhuma das minhas perguntas...
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- Se quer saber mesmo... - respondeu ela, sua atenção voltada para uma pesada mochila aos sus pés - Eu estava tocando a minha vida como sempre faço, resolvendo um caso de perseguição demoníaca em Dumont, só que (antes que eu pudesse agir de alguma forma) as vítimas foram embora. Sem ter o que fazer, e sem um tustão furado no bolso aliás, me lembrei que o meu irmão (e meu sobrinho enxerido e encrenqueiro) moravam na cidade ao lado de onde estava. Então, reunindo as poucas coisas que tinha, peguei a primeira carona que arrumei na estrada e cheguei aqui, antes que o sol começasse a aparecer no céu. Mesmo não tendo a chave da porta, eu (com ajuda de umas habilidades que você, à essa altura do campeonato, deve conhecer bem) consegui forçar a trinca do portão da garagem, assim entrando aqui e não perturbando ninguém logo cedo... E, antes que me esqueça - ainda sem olhar para mim, Angel puxou algo pesado e comprido do fundo da sua mochila e o jogou para mim - acho que isto pertence a você.
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Com um movimento rápido, aparei o objeto lançado para mim e o coloquei diante dos meus olhos. Para minha surpresa e espanto, era nada mais nada menos do que o meu velho skate de guerra, dado pelo meu pai assim que eu fizera 12 anos. Os desenhos presentes na base de madeira eram de uma ''sutileza'' ímpar: Céu e Inferno travando uma batalha épica, com direito a nuvens carregadas, labaredas de fogo e, é claro, anjos e demônios.
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Há um ano e meio, desde que Angel partiu daqui de casa pela última vez, eu vinha procurando por aquele skate feito louco... E só agora, da forma mais idiota possível, eu consegui ligar um fato ao outro e descobri aonde ele estava esse tempo todo.
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- Então... - pigarriei, lutando para não demonstrar o quão irritado estava por finalmente saber quem tinha pego o meu skate emprestado sem a minha permissão - pelo visto, você não viu o meu pai sair.
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- Não, eu não vi - fechando sua bolsa mais violentamente do que o necessário, Angel se levantou e recostou-se sob a máquina de lavar desligada - mas se por acaso eu tiver chego em uma má hora, eu posso muito bem sair e só voltar quando o Cirus chegar.
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Mas uma vez, apenas naquele dia, perceni o quanto estava sendo rude com Angel, e mais uma vez tentei me desculpar.
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- Não seja boba, Angel - suspirei, andando até ela e pegando a mochila de suas mãos - você sabe que esta casa é tão minha quanto sua.
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- Então você está dizendo que eu posso ficar?
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Não respondendo a sua provocação, dei as costas a Angel e segui para a cozinha. Eu sabia que ela deveria estar com mais fome do que demonstrava, por isso não me surpreendi quando, assim que joguei a sua mochila no tampo de mármore da pia, ela já se encontrasse sentada à mesa - como quem espera o seu pedido em um restaurante elegante.
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Revirando os olhos, abri a geladeira e procurei por algo que pudéssemos comer. Havia uma embalagem de ovos fechada e um pedaço de queijo e outro de presunto. Sem pensar em nada, peguei os três de uma única vez, coloquei o que era necessário sobre a mesa e me agachei para procurar a frigideira que meu pai guaradava dentro do forno do fogão.
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- Pelo visto, acho que teremos ''omelete-maluca'' no café, não é mesmo Cheff Adrian?!
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- NÃO é uma ''omelete-maluca''... - respondi entre dentes, não conseguindo me refrear.
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Desde quando éramos pequenos, Angel sempre me achincalhava pelo fato de eu saber cozinhar. Bom, não foi ela quem perdeu a mãe assim que nasceu, e cujo pai não sabia retirar nem gelo do refrigerador. Assim que o pensamento me veio a cabeça, involuntáriamente, isto me fez lembrar de uma outra coisa - uma coisa que eu tinha certeza que irritaria Angel profundamente.
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- Mas, e aí, você por acaso falou com a vovó que vai ficar por um tempo aqui em Ventura?
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Como esperado, o rosto de Angel se tranformou por completo à minha frente - da forma exata como um felino se comporta quando se encontra com um Arcano. Logo depois de presenciar a sua reação, me arrependi de verdade de ter feito o comentário.
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A relação de Angel e Vovó era, no mínimo, conturbada. Assim como a minha mãe não era uma Arcano nem sabia nada sobre isso quando conheceu o meu pai, o caso de Zoraia e Galadriel Regis foi bastante parecido. Só que, enquanto a nora aceitava da melhor forma possível o fardo do marido, o mesmo não acontecia com a sogra.
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Pelo o que eu sabia, no começo Vó Zora até aceitava, mas tudo mudou quando ela descobriu que o fardo era hereditário - e que, de uma forma incancelável, os seus dois filhos estavam obrigados a seguir o mesmo destino que o seu companheiro de vida.
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A única coisa que posso dizer é que ela não ficou nada feliz ou satisfeita ao ver que meu pai e tia Angel não se importavam tanto assim com o ''trabalho obrigatório'' que eles receberam quanto ela; e acho que nem é preciso falar que tudo foi de mal a pior quando o Vô Gal se foi em um combate sangrento e mortal com o demônio mais maligno e cruel que eu já vira em toda a minha vida.
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De qualquer forma, citar as obrigações de filha para minha tia era quase tão mortal quanto andar em uma auto-estrada movimentada na contramão.
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- Escute aqui - recitou ela, seus olhos azuis tão brilhantes quanto fogo-fátuo em mato seco - se você pensa que vai me irritar com isto, pode tirar o seu cavalo da chuva!
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Angel me falou de forma baixa e clara, mas cada pêlo do meu corpo se arrepiou tanto com cada palavra que parecia que ela havia cuspido cada uma diante da minha cara. Sem dizer nada, apenas assenti da forma mais breve o possível e voltei toda a minha atenção para o café da manhã.
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Quando terminei de preparar os nossos omeletes, separei dois pratos na mesa da cozinha e coloquei as porções fumegantes em cada um, enquanto Angel ia até a geladeira e trazia para nós dois grandes copos de leite.
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- Olha bem - disse ela, colocando os copos na nossa frente, sua voz no tom de sino novamente - Acho que começamos o dia meio que com o pé esquerdo, não?
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- Eu acho que sim... - concordei, ainda não conseguindo tirar os meus olhos do prato sobre a mesa.
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- Anh, e aí?! - começou Angel, o sorriso de fada voltando a iluminar o seu rosto - Como vão as coias na escola, na Constantine? Você já fez algum amigo? Por acaso já conheceu alguma garota legal?
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- Constantine... Amigo... Garota... - repeti abobado, tirando os meus olhos como por encanto da mesa a minha frente e os guiando para o relógio da cozinha, dando um salto da cadeira ao ver a hora que era - Mas que droga, estou atrasado de novo!
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Repetindo a manhã anterior de uma forma tenebrosa, corri para o meu quarto em um piscar de olhos, apanhei todo o material que precisava levar e voltei voando para o térreo, sem tempo nem para ver como eu estava.
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- Adrian, se acalme! - exclamou Angel para mim, seus olhos azuis tentando acompanhar o borrão vermelho em que eu me transformara.
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- Me acalmar? - parei por um momento, não acreditando no que eu havia acabado de escutar - Eu não tenho tempo para me acalmar, a escola fica a três quadras daqui de casa e eu só tenho 14 minutos para chegar lá!
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Como se tivesse acabado de ter uma grande idéia, Angel olhou para o molho de chaves jogado sobre a cômoda junto a porta, depois voltou o rosto na direção da porta da garagem e, da forma mais marota do mundo, disse:
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- Acho que existe uma forma bem rápida de você ir para a escola sem se atrasar, e se quizer, eu posso ajudá-lo...
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Só de acompanhar o pensamento que surgia a minha frente, eu pude sentir o meu sangue gelar. É claro que sabia sobre o quê Angel estava falando. Mas se ela estava imaginando que eu ia dar autorização para ela mexer na ''sacro-santa'' moto de Cirus, estava muito enganada. Eu não estava pronto para ser morto, muito menos nas mãos do meu próprio pai.
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Se havia algo que Cirus amava mais do que tudo - mais até que nossa Casa-de-Bombeiros ou o Mustang 64 - era essa bendita moto. Foi o presente que o Vô Gal dera a ele no seu décimo oitavo aniversário, e a sua adoração para com o troço era tanto que ele nem andava com a máquina... Apenas a lavava e a mantinha na garagem, em um espaço que mais parecia um altar.
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Eu nem queria saber o que Cirus poderia fazer com quem tocasse na coisa, então logo tratei de cortar as asinhas de Angel pela raiz.
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- Ah, você nem é louca! - suspirei atordoado, ajeitando as alças da minha mochila sobre os ombros - No dia em que estiver com pensamentos suicídas tudo bem, mas hoje nem pensar!
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- Oras, mas se eu não te levar para escola na moto do Cirus, como você vai conseguir chegar lá a tempo?
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Angel me acompanhava na direção da garagem, e eu não podia acreditar que ela estava tentando me fazer entregar os pontos usando a sua carinha de ''gato sem dono''. Se eu não a conhecesse, já teria lhe dado as chaves da moto à muito tempo... Mas como eu conhecia, apenas dei as costas à ela sacudindo a minha cabeça, entrando na garagem e abrindo o portão.
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- Sabe, eu acho que existe outra forma de chegar à Constantine sem correr o risco de morrer hoje a noite - respondi, me colocando com habilidade sobre o meu skate recém-recuperado e partindo na maior velocidade que podia sem dar bandeira para os vizinhos, deixando Angel e sua carranca contrariada no batente da nossa Casa-de-Bombeiros.

2 comentários:

  1. Nossa eu pensava que era uma certa garota, mas essa aparição foi surpreendente, adorei!!!

    Ps: Atualiza na comu de SduN!!!

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  2. aaah, ameeei a Angel *-* DUIASHDIUASDHAIU tem jeito de alice... goostei muito muito mesmo, e eu adoto historias com pessoas que tem fascinio por motos *-* Cirus O pai do ano -qqq DUASHDIAUSO
    bjs bjs :*

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